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Economia de todos: o poder do associativismo e cooperativismo

Foto do escritor: Gabriel BesnosGabriel Besnos

Que poder reside na união? Em uma era marcada por rápidas transformações econômicas e sociais, onde muitos modelos tradicionais continuam falhando em promover inclusão e sustentabilidade, o associativismo e o cooperativismo destacam-se como faróis de inovação e resistência. Estes modelos desafiam o status quo, demonstrando, com números robustos, sua capacidade de fomentar economias locais enquanto promovem equidade.


Os impactos revelados pelo "Anuário do Cooperativismo 2023" são impressionantes: em áreas onde cooperativas estão ativas, o PIB per capita supera a média nacional em 18,6%. Mais ainda: cada real aplicado pelas cooperativas gera um retorno de R$ 1,65 na economia, num reflexo poderoso de como a intercooperação fortalece o desenvolvimento local e, ao mesmo tempo, toda a economia nacional.



No entanto, o valor desses modelos vai além dos números. Associações e cooperativas são exemplos também de participação democrática. 


Na Bistrô, temos o orgulho de trabalhar com entidades como a Uniodonto Porto Alegre, REDEMAC e Rede Bem Viver, que exemplificam como o cooperativismo e o associativismo trazem para o centro do palco negócios que normalmente estariam às margens. Estes modelos de gestão atuam para o fomento de uma economia circular, capaz de valorizar cada membro da comunidade e promover o desenvolvimento regional sustentável.

Associações e cooperativas reúnem pequenos empreendedores, famílias e profissionais liberais, criando um ambiente onde o conhecimento do cliente é profundo e pessoal, e onde a lógica da acumulação indiscriminada é substituída por um compartilhamento mais equitativo de recursos. Associados e cooperados, juntos, são capazes de negociar melhor, comprar de forma mais estratégica e oferecer condições comerciais que também poderão beneficiar diretamente suas comunidades.


A construção de marcas sólidas, que reflitam os valores e a força das regiões em que essas associações e cooperativas operam, também é um dos ganhos deste modelo. O trabalho de comunicação deve destacar a importância do comércio local e aprofundar os laços comunitários. Durante a pandemia, a tendência do "compre local" ganhou força, destacando como essenciais os negócios que fazem a diferença na economia da rua, do bairro, da cidade, atuando não apenas como pontos de venda, mas como centros de vida da comunidade.


De acordo com o Sebrae, modelos cooperativos inerentemente promovem inclusão social e diversidade, ao integrar pessoas de múltiplas origens e histórias de vida. A natureza cooperativa fomenta um ambiente onde todos têm voz e onde há o princípio do interesse pela comunidade. Este compromisso com a diversidade acaba incorporando uma gama mais ampla de perspectivas e experiências, ao mesmo tempo em que oferece uma rota para a autonomia financeira e a autoafirmação de agentes frequentemente deixados à margem pelos fluxos econômicos predominantes.


É nesse contexto que a Uniodonto Porto Alegre se destaca como um exemplo prático de como o cooperativismo pode transformar positivamente a vida das pessoas. Como a maior cooperativa odontológica do Sul do Brasil, Top Of Mind no Rio Grande do Sul entre operadoras de planos odontológicos, a Uniodonto possibilita que os dentistas ampliem seus consultórios e serviços, ao mesmo tempo em que assegura que os benefícios do crescimento e sucesso sejam compartilhados entre todos os cooperados. Ao colaborar com a Uniodonto como agência de publicidade, nós validamos o princípio de que a cooperação é, de fato, uma resposta poderosa aos desafios de nosso tempo.


Abraçando e promovendo tradições locais, o trabalho da Bistrô para a comunicação da Redemac criou uma estratégia de alinhamento entre o associativismo e o senso de identidade e pertencimento comum ao gaúcho. Através de campanhas e iniciativas que refletiam e valorizavam essas tradições, a Redemac, que é a maior associação de lojistas de materiais de construção do país, conseguiu se destacar em um mercado competitivo, fortalecendo o modelo associativo como uma extensão da vida comunitária.



Por fim, a Rede Bem Viver, uma associação de lojistas de materiais de construção no Paraná, é um exemplo emblemático de como o marketing estruturado e o modelo associativo podem transformar o panorama para pequenos empresários. Em muitas das cidades onde a Rede Bem Viver opera, com populações que raramente ultrapassam 10 mil habitantes, os desafios para competir com grandes players do mercado são significativos. No entanto, a associação conseguiu nivelar o campo de atuação por meio de uma parceria estratégica com fornecedores e a criação de conteúdos de marketing de alta qualidade, comumente reservados para empresas de maior porte. Multiplicamos por quatro o investimento dos fornecedores nos projetos de marketing da Rede a partir de uma visão sinérgica entre associação, lojistas, indústria e agência.



O coletivo pode alcançar muito mais do que o individual, especialmente em comunidades onde o apoio mútuo e a colaboração são essenciais para o sucesso comum. Este é o cerne da minha provocação: a união não seria o melhor caminho para existirmos e resistirmos? Neste 30 de abril, Dia Nacional do Associativismo, proponho refletir sobre como esses modelos não apenas sobrevivem mas prosperam, redefinindo o que significa ser sustentável e resiliente no século XXI. Eu acredito firmemente que o associativismo e o cooperativismo são as chaves para um futuro onde todos possam participar, prosperar e, mais importante, pertencer.

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