Museu do Orgulho: para lembrar que respeito não é coisa do passado.
- Agência Bistrô

- 26 de jun.
- 3 min de leitura

Nos últimos anos, vimos junho se consolidar como um mês de visibilidade, campanhas coloridas e compromissos públicos com a comunidade LGBTQIA+. Mas, aos poucos, o cenário começa a mudar. Empresas encerrando departamentos de diversidade, marcas mais silenciosas, e uma pergunta incômoda surge: a diversidade virou uma moda passageira?
Foi desse incômodo que nasceu o Museu do Orgulho, uma campanha criada pela Bistrô que questiona: se tratarmos o respeito como moda, ele corre o risco de virar peça de museu.
No nosso vídeo manifesto, conduzimos o público por uma exposição fictícia no ano de 2053, onde objetos que um dia representaram o orgulho (camisetas desbotadas, bottons arranhados, manuais ESG empoeirados, entre outros) são tratados como relíquias de um passado não tão distante. Uma crítica direta, urgente e necessária a quem abandona seus compromissos assim que o mês do orgulho chega ao fim.
A estética futurista do museu foi criada a partir de recursos de Inteligência Artificial, ampliando a força simbólica do projeto. “A ideia surgiu da sensação incômoda de que estamos sendo empurrados de volta para a invisibilidade. Criamos o Museu do Orgulho como uma provocação visual. Um futuro onde a diversidade está relegada a vitrines empoeiradas é um futuro que a gente não aceita”, afirma Gabriel Besnos, VP de Criação da Bistrô.
Ana Antonov, Head de Arte, destaca o uso da IA como uma ferramenta estratégica de engajamento: “Utilizamos as possibilidades criativas da inteligência artificial para materializar um alerta visual forte. A estética de museu distópico, com seus vidros, pedestais e luz controlada, ajuda a tensionar o discurso de que a diversidade foi só uma fase.”
Além do filme, a campanha conta com uma landing page (www.museudoorgulho.com.br) que reúne dados sobre o impacto positivo da diversidade, equidade e inclusão na economia. No site da campanha, também é possível acessar um tour virtual com um resgate histórico da luta por direitos da população LGBTQIA+. “É uma forma de lembrar que esse passado ainda é presente e que esse museu, ao contrário da ficção, é real, necessário e possível.”, complementa Leonardo Viana, Head de Planejamento e integrante do Comitê Social da Bistrô.

Dados que vão além da representatividade
O respeito à diversidade não impacta apenas a cultura interna. Ele impacta diretamente a inovação, os resultados e a competitividade das empresas. Funcionários de empresas diversas têm 152% mais chances de propor novas ideias e buscar soluções inovadoras, segundo pesquisa da McKinsey. E esse não é um dado isolado: um estudo recente da IstoÉ Dinheiro revela que, em apenas um ano, o respeito à diversidade se tornou um dos fatores mais decisivos para o engajamento interno, com um crescimento de 6,3 vezes.
Quando as marcas escolhem se posicionar, elas escolhem pelo caminho da estratégia inteligente. Ignorar isso é, literalmente, deixar dinheiro na mesa. De acordo com a Nielsen, o mercado LGBTQIAPN+ movimentou, só no Brasil, R$ 18,7 bilhões em um ano.

Pra lembrar que o respeito não é coisa do passado
Nossa campanha é, acima de tudo, uma provocação para refletirmos sobre como queremos construir o futuro. A diversidade não pode ser tratada como adereço de campanha, nem como uma obrigação temporária. Ela precisa ser compromisso diário, cultura viva e prática constante.
Aqui na Bistrô, acreditamos que o orgulho não é um tema restrito a junho. É um valor que precisa estar presente o ano todo, no discurso, nas ações, nas lideranças, nos processos e nas entregas.
O Museu do Orgulho existe como um alerta: se não cuidarmos, o respeito corre o risco de ser esquecido, arquivado, deixado para trás. E também é um chamado à ação, para que sejamos, todos nós, agentes de mudança dentro e fora do mercado.
Acesse o site e venha refletir com a gente.
FICHA TÉCNICA
Concepção criativa: Ronald Porto, Fevi Lopes e Comitê Social
Atendimento: Hiago Ramos
Planejamento: Leonardo Viana
Pesquisa: Comitê Social Bistrô
Redação: Ronald Porto e Fevi Lopes
Direção de Arte: Ana Antonov
Design do Site: Gabriele Casagrande
Assistente de Arte: Júlia Cadore
Criação em IA: Israel Damiani
Desenvolvimento do Site: Yannikson Mattos
Mídia: Emi Machado e Amanda Siebra
Conteúdo: Flávia Ogawa e Beni Velour
Revisão: Bruno Tedesco
Comitê Social Bistrô: Leonardo Viana, Hiago Ramos, Beni Velour, Yasmin Flores, Gabriela Lima e Amanda Siebra
Aprovação: Fernanda Aldabe e Gabriel Besnos







Comentários